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Facebook bane blackface e certas teorias da conspiração antissemitas

A companhia está expandindo a sua política sobre dircuso do ódio para incluir “estereótipos prejudiciais”

 

Veículo: Vox - Recode

Data de publicação: 11/08/2020

Autorx: Shirin Ghaffary

Título Original: Facebook bans blackface and certain anti-Semitic conspiracy theories

The company is expanding its hate speech policy to include “harmful stereotypes.”

Traduzido por/Translated by: Luciana Gomes F.

 

O Facebook atualizou suas políticas sobre discurso de ódio para banir pessoas de postar conteúdo retratando blackface ou sobre teorias da conspiração antissemíticas de que judeus estão comandando o mundo.


A gigante rede social anunciou a expansão de sua política sobre discurso de ódio em uma coletiva de imprensa na manhã de terça-feira. Sob a nova política, o Facebook não irá mais permitir postagens visuais ou escritas que mostrem “caricaturas de pessoas negras na forma de blackface” ou “Judeus comandando o mundo ou controlando a maioria das instituições tais como a comunicação, a economia ou o governo.”


Essas representações mostram exemplos de “discurso implícito” que “têm sido historicamente usados para depreciar, intimidar, ou excluir pessoas baseando-se em características protegidas como raça ou religião” disse a Vice-presidente de política de conteúdo do Facebook, Monika Bickert, em uma ligação. Bickert também disse que a companhia vem trabalhando na revisão dessa política há 9 meses e consultou 60 organizações externas e especialistas no assunto. O Facebook disse que vai começar a impor o cumprimento do banimento de estereótipos judaicos imediatamente, e o banimento de blackface irá começar no final deste mês.


Embora seja improvável a eliminação das preocupações de longa data sobre a prevalência do discurso de ódio na plataforma do Facebook, a expansão da política da empresa em bani-las é uma ação notável. É também o tipo de restrição que não somente cobre calúnias raciais, mas também condutas racistas veladas ou disfarçadas, as quais por um longo tempo grupos de direitos civis vem clamando que sejam banidas pelo Facebook. Quando o CEO da Anti-Defamation League (Liga Anti-Difamação, tradução livre) Jonathan Greenblatt conversou com o Recode em julho, ele citou um grupo popular no Facebook promovendo teorias da conspiração infundadas conectando conspirações políticas globais a uma proeminente família judaica, como sendo o tipo de conteúdo antissemita que prospera na plataforma.


A ADL e outras importantes organizações de direitos civis como a Color of Change (Cor da Mudança, tradução livre) e a NAACP têm há muito tempo chamado a atenção do Facebook para fazer mais para parar a proliferação do discurso de ódio em sua plataforma. As organizações lideraram um mês de boicote ao Facebook em julho, ganhando suporte de mais 1.000 anunciantes e aumentou a pressão para que a empresa expandisse seus esforços contra o discurso de ódio.


Este é um passo vitorioso, embora há muito devido pelo Facebook. É angustiante que tenha levado todo este tempo para que a plataforma reprimisse essas formas particulares de ódio, quando é quase óbvio que a sua proliferação não deveria ser permitida em primeiro lugar,” disse o porta-voz da ADL em um pronunciamento para a Recode. “é igualmente perturbador que o Facebook ainda não viu a negação do Holocausto como uma forma de violação de seus termos de uso do serviço.”


Enquanto o Facebook se move para expandir suas políticas de discurso de ódio, a plataforma está inundada de desinformação e algumas vezes de conteúdo racista. Relatórios recentes da NBC News e do Guardian mostram que grupos do Facebook que promovem a conspiração Qanon, uma teoria da conspiração de ultradireita sobre um suposto “deep state” (estado profundo ou estado paralelo, tradução livre) no governo dos estados Unidos que conspira contra Donald Trump, possui milhões de membros e está crescendo a passos largos. Foi descoberto que a QAnon tem elementos antissemitas, e alguns de seus apoiadores têm cometido atos de violência no mundo real de maneira a revelar uma suposta conspiração secreta.


O Facebook já há um bom tempo tem abraçado uma conduta moral de tentar moderar o discurso o mínimo possível. O CEO Mark Zuckerberg tem repetidamente falado que ele não quer ser o “arbitro da verdade” em assuntos políticos. Em 2018, Zuckerberg disse à cofundadora do Recode Kara Swisher que as pessoas deviam ser permitidas negar o Holocausto no Facebook, mesmo que, para alguém como ele que é judeu, ele ache tais ideias “profundamente ofensivas.”


Mas a linha pode ser tênue entre o que é uma opinião política e o que é uma perpetuação de uma teoria conspiratória racista. Estará nas mãos do Facebook decidir como irá aplicar as novas regras mais rígidas.

 

Este post é parte do projeto Traduções LIVRES, que faz traduções livres de matérias e artigos produzidos originalmente em inglês por diversos veículos estrangeiros. Não existe nenhuma intenção comercial por trás da disponibilização desse conteúdo, apenas uma vontade de levar informação para quem não domina o idioma. Não possuímos nenhum direito sobre o conteúdo aqui disponibilizado, nem somos autorxs/produtorxs de nenhuma dessas matérias.

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For any inquiries: hannahebron@gmail.com

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